Saindo da zona de conforto alimentar
- Kelly V. Giudici
- 8 de set. de 2021
- 2 min de leitura

Não há nada de errado em buscar prazer na alimentação. Quem lê o NutS sabe que aqui, aliás, prezamos muito por isso! Explicamos como dietas restritivas não favorecem a perda de peso e frequentemente estimulamos a liberdade para que os mais diversos alimentos e sabores façam parte da dieta de cada um.
A comida é, inclusive, fonte de aconchego mental e conforto, que se bem administrados, só trazem benefícios. O problema é quando nos vemos prisioneiros desta zona de conforto alimentar, o que, em outras palavras, pode ser encarado como uma alta seletividade por alimentos.

Estar sempre acostumado a comer os mesmos alimentos e/ou poucas variações de suas preparações restringe um universo de possibilidades que facilitariam consideravelmente a mudança de hábitos alimentares, seja ela ligada ao objetivo que for. É realmente mais complicado, por exemplo, se tornar vegetariano caso você automaticamente torça o nariz para todo e qualquer legume e verdura. Assim como será trabalhoso perder peso para quem leva uma vida restrita a refrigerante, hambúrguer, pizza e batata frita.
O tema da seletividade alimentar na vida adulta já foi abordado por aqui, e hoje trazemos mais dicas práticas para ajudar, gradativamente, a ampliar seus horizontes alimentares. Muitas pessoas vêm ao consultório de nutricionistas dispostas a fazer mudanças em sua rotina alimentar, mas não percebem que, ao chegarem presos a uma seleta gama de possibilidades, tornam o processo bem mais lento e difícil. A boa notícia é que, em muitos casos, a seletividade não é tão intensa, e pode ser trabalhada de maneira simples.
Quanto maior for a aceitação por alimentos variados, mais simples será deixar velhos hábitos e construir novos. E isso você pode começar a exercitar desde já!

• Saia do piloto automático na hora de montar seu prato. Avalie todas as preparações disponíveis, para então começar a se servir.
• Coloque no prato um novo alimento que geralmente não costuma comer. Não é preciso comer uma grande quantidade, mas sim deixlo entrar na sua refeição. Uma colher de sopa já está de bom tamanho! Deguste-o individualmente, e também misturando-o aos outros alimentos do seu prato, para testar como o sabor muda, e como você gosta mais.

• Depois de exercitar a inclusão de alimentos que “chegam até você naturalmente” (que já estão disponíveis na sua casa ou que foram servidos à mesa por quem preparou a refeição), é hora de buscar novos alimentos por conta própria! Na feira ou no mercado, escolha uma fruta e um legume ou verdura que você não costuma consumir, e dê uma chance a eles.
• Se necessário, varie as preparações e receitas, mas comprometa-se a consumir tudo o que foi comprado.

• Na próxima vez que for às compras, mude o alvo, dando chance a um novo alimento. E, claro, incorpore na sua alimentação aqueles que “passarem no teste”!
• Aventure-se mais na cozinha. Mesmo quem já sabe cozinhar muitas vezes tende a cair na mesmice, e a preparar as mesmas refeições de sempre. Explore receitas de família e/ou teste receitas disponíveis na internet (há muitas receitas fáceis aqui no NutS!). Preparar suas próprias refeições pode ser um incentivo adicional para testar novos ingredientes.
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